sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Pesquisadores lutam pelo cultivo da seringueira em larga escala

As seringueiras são nativas da floresta amazônica, assim como o fungo que pode matá-las quando elas são plantadas uma ao lado da outra

A doença é conhecida como mal das folhas e é causada pelo fungo “Microcylus ulei”. Ele produz um esporo, como se fosse uma semente. Levado pelo vento, esse esporo cai em folhas com 10, 12 dias de vida e quando germina, causa uma lesão na folha, que cai sucessivamente, podendo levar a árvore a morrer por inanição.

O magnata americano Henry Ford não sabia disso e aprendeu da pior maneira. Na década de 20, ele conseguiu uma concessão de terras no Pará. As seringueiras plantadas iriam produzir borracha suficiente para fabricar 50 milhões de pneus por ano, mas em pouco tempo, as árvores foram atacadas pelo fungo e morreram uma a uma. Com a plantação dizimada, as casas e fábricas do vilarejo de Fordlândia, no município de Aveiro, foram abandonadas.

De lá para cá, varias décadas se passaram, mas ainda hoje fazer plantio direto de seringueira a partir de sementes da Amazônia é um risco alto. Por isso, laboratórios como o da Embrapa do Acre investem em pesquisas para tentar achar caminhos mais seguros para o cultivo da borracha.

A fazenda do produtor Paulo Sérgio Peres, que fica em Bajuri, no Acre, virou um grande campo experimental com seringueiras clonadas vindas da Bahia e enxertadas com árvores nativas da Amazônia.

Mais de 2,6 mil mudas de clones de seringueira foram plantadas. A espécie que deixou a região há mais de um século voltou com melhoramentos genéticos. São árvores bicompostas com seringueira nativa e um clone mais produtivo e resistente.

O engenheiro florestal Rivadalve Gonçalves, da Embrapa no Acre, é o chefe da pesquisa. Ele analisa o crescimento, mede altura e diâmetro, verifica a incidência do mal da folha e gravidade da doença, além do índice de sobrevivência das árvores.


Fonte: portal do agronegocio

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