sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Plantio de floresta precisa de planejamento para trazer lucratividade, diz pesquisador

O rendimento financeiro das florestas está diretamente ligado ao tempo de cultivo total das árvores
O corte feito com quatro anos após o plantio tem rendido em médio de R$ 20 reais o metro cúbico. Após oito anos a renda sobe para R$ 30 reais e com doze anos de cultivo, pode alcançar R$ 150 reais o metro cúbico. A informação foi repassada aos produtores rurais durante o Showtec 2013, em Maracaju (MS), nessa quinta (24).

De acordo com o biólogo e pesquisador da Fundação MS, Alex Melotto, o plantio de floresta representa uma nova fronteira de produção no Estado, alavancando a economia e incentivando a industrialização. Para o produtor rural, o primeiro passo é a escolha do tipo de produção. “É preciso ver a demanda local de celulose ou madeira antes de iniciar o plantio para que mais tarde o produtor não fique na mão”, diz. Além de analisar a demanda no mercado, outros detalhes devem ser levados em consideração. “Levantar a disponibilidade de mão de obra local, se o comércio de insumos da região atende e se estradas e pontes na região vão facilitar o escoamento”, complementa.

A utilização da floresta na integração com outras culturas é ainda mais rentável. Segundo Melotto, a atividade aplicada juntamente com a pecuária tem trazido mais produtividade animal. “Fora o lucro com a venda das árvores, o produtor levará de quebra para sua propriedade um sistema climático eficiente. As árvores podem reduzir até 8 graus nas horas mais quentes do dia e aumentar até 6 graus no dias mais frios do ano, mantendo o conforto térmico animal, evitando que os mesmos tenham desgaste energético com aquecimento e refrigeração corporal”, explica o pesquisador. Para o meio ambiente, as florestas aumentam a penetração de água no solo e são fontes de alimento e abrigo para a fauna.

O Showtec 2013 tem como tema a “Diversificação do Agro para um Brasil Melhor” e acontece de 23 a 25 de janeiro, na sede da Fundação MS em Maracaju (MS). Essa é a 17ª. edição da Feira, realizada pela Fundação MS e promovida pelo Sistema FAMASUL – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Sistema OCB/MS – Organização das Cooperativas Brasileiras, e Aprosoja/MS – Associação de Produtores de Soja de MS.

O evento, que tem entrada franca, tem como apoiadores o Governo do Estado de MS, por meio da Fundems – Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja, da Seprotur – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, da Agraer – Agencia de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, Fundect - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia, Embrapa, Sebrae, Biosul, Sicredi, Prefeitura de Maracaju, Crea-MS, Aeams e Fundação Agrisus.


Fonte: Portal do Agronegócio 

Nenhum comentário:

Postar um comentário